Billie Holiday nasceu na Filadélfia em
7 de Abril de 1915 e faleceu em Nova Iorque na dia 17 de Julho de 1959,
Lady Day para os fãs, é por muitos considerada a maior de todas as
cantoras do jazz.
Infância
Eleanor Fagan Gough foi criada
em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence
Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas
treze. Seu pai, guitarrista e banjista, abandonou a família quando
Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe,
também inexperiente, freqüentemente a deixava com familiares.
Menina americana negra e pobre,
Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi
violentada sexualmente por um vizinho, e internada numa casa de correção
para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de
prostíbulos. Aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na
prostituição.
Carreira
Sua vida como cantora começou em
1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento
de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum
dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina,
mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia
cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em
diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de
quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era
o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do
Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie
Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma
banda de brancos, em uma época de segregação racial nos EUA (anos 1930).
Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy
Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais
comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e
levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da
voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do
estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de
cinqüenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi
quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do
sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por
momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes de sua morte por
overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956,
Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972,
tendo Diana Ross no papel principal.